quarta-feira, 19 de novembro de 2008

• O vencedor ♫

E depois de uma noite de sábado regada a álcool e certa diversão (ambos moderadamente, pois o horário e a responsabilidade não me permitiam extravasar os limites); eis que a manhã de domingo não me trazia apenas a ressaca do dia anterior, mas sim a ansiedade, a curiosidade e também um certo friozinho na barriga devido à expectativa de como seria esse meu dia dezesseis de novembro.


Saímos (eu, irmã, mamãe) não tão cedo daqui. O destino era Campinas. O motivo, meu "primeiro" vestibular (na verdade não é o primeiro, mas o primeiro importante, manja?). Eu tava indo fazer a prova da Unicamp na Puc, o curso escolhido era comunicação social/ midialogia* , e eu realmente não estava preocupada em passar, pois sabia/sei que isso não aconteceria/acontecerá tão fácil. Na verdade eu fui mesmo pra sentir o clima (não pra cortá-lo) e talvez me dedicar mais pro ano que vem (2009-o ano que eu nem vou existir de tanto estudar) porque aí sim, as coisas vão ser pra valer.


Mas mesmo com toda essa mistura de sentimentos, a ressaca me dominou a ponto de eu ir dormindo até lá. E eu que sou tão fraca pra viagens/passeios/bancos imobiliários não tive tempo nem de passar mal! E logo lá estava: no condô da Mááaaáaá, que logo foi nos receber na portaria. E eu acho que realmente algumas coisas acontecem em momentos inoportunos, mas bastam pra gente (principalmente a gente) captar e rir muito disso, pra sempre. Pois é, tava passando um trio elétrico com alguns evangélicos/crentes em cima gritando loucamente e louvando ao Senhor, bem na hora da nossa chegada e a família toda lá querendo conversar e aqueles gritos loucos... Tá nem foi tão engraçado, mas foi o suficiente pra gente rir a vida toda.

E a bonetenha da vovó, que me recebeu com um "oi nega feia" que eu não considerei, virou a protagonista do nosso super almoço, onde a família curtiu junta a sessão fotos dessa figura na praia. Depois rolou também sessão trocas de roupa, sessão garrafinhas de academias socorrenses e um pouco de internet. Sementes de Aguaí curam imediatamente dores de cabeça e qualquer outro desequilíbrio energético (O Aguaí emite vibrações que podem ser captadas pelos processos radiestésicos), segundo a tia Geca. Enfim, depois de muito papo o almoço saiu: eu e a Má comemos primeiro, afinal, somos as vestibulandas.

Antes de sairmos eu e a Má ganhamos da tia Geca um presente-amuleto, uma concha benzida direto de Santos, que segundo ela nos traria sorte. E mesmo sem acreditar em amuletos de sorte já a algum tempo, eu segurei essa concha até começar a fazer a prova. Sei lá, era como se alguém ainda acreditasse em mim e na minha capacidade, da qual nem mesmo eu acreditava mais.

Na despedida, eu e Má estávamos muito sossegadas (de boa na lagoa). E logo a Má, que eu não mais veria neste dia, partiu pra Puc, ali mesmo perto da sua casa com a Ari (quem?), enquanto eu partia na companhia do tio e da Márcia pro outro lado do mundo, na outra Puc. E enquanto o CD player do carro tocava o disco acústico dos titãs, a minha ansiedade disfarçada me fazia cantar as faixas como se precisasse descontar em alguma coisa essa minha tensão; e enquanto os minutos passavam eu olhava aquela concha em minhas mãos e me perguntava, porque eu estou fazendo isso? Na verdade estou sem entender até agora. Acho que é como se eu quisesse medir a minha capacidade e mudar a direção do meu futuro, nem que para isso eu tenha que sofrer inicialmente, a minha intenção é aprimorar meu conhecimento, que não é e nem seria suficiente.


Depois de muito tempo (eu digo muito tempo mesmo), eu estava próxima ao lugar onde eu iria fazer a tal prova. Caracaa, tinha muitaaaaa genteee! Um amontoado de carros num trânsito literalmente infernal e um calor de transpirar parado, além daquele monte de nerds dos carros ao lado lendo livros dez minutos antes da prova como se fosse adiantar. Tudo isso, além de me apavorar um pouco mais, me fazia esbarrar nessa angustiante realidade do vestibular: a concorrência que seleciona somente os melhores e mais dedicados. Na vida, tudo é assim, e eu já deveria estar acostumada, porém tenho o péssimo hábito de empurrar as coisas com a barriga e nem sempre sou feliz com isso.

E nisso de esperar o trânsito e cantar titãs, resolvemos descer e caminhar, já que era o que todos que ainda queriam realizar a prova fizeram. E entre uma concha na mão e uma brisa na cara, meu celular ainda ligado, emite o som da mensagem mais estimulante do dia: um "Boa sorte, te amo!" que com certeza fez toda a diferença!♥

Já na Pontifícia Universidade Católica (eu me surpreendi com o tamanho daquela escolaa! :O) demorou pra eu achar a classe... Mas no fim tudo deu certo, lá estava eu, no último andar do oitavo H da Puc I. E o nervosismo aumentou, e a tensão se intensificou, e enfim, a prova chegou: Tava babaaaa, já passei! UHASHUHUASHUSAUHSAUHASU!! Mancada. Quando olhei aquilo, tive a triste impressão de ser a pessoa mais despreparada do mundo, sem exagero.







A redação até que estava ligeiramente fácil (não que ela vá ser corrigida), o tema (animais que são usados como cobaias em laboratórios de pesquisa) era bem polêmico e não foi tão difícil expressar meu ponto de vista, afinal, pedir para uma vegetariana defender os animais é como pedir para um pássaro sair voando! (como sou boba...olha essa comparação). Já a prova dissertativa, foi um horror, depois fiquei até com vergonha das respostas, mas eu ainda acho que o que vale é a intenção!

Enfim, o sonho/pesadelo acabou com uma rodada de caldo-de-cana bancada pela vó (êeêêe) e sem a Má (triste, bem triste). :/



Nesse dia dezesseis, eu tive a imensa certeza de que quem não tenta, não luta, nada consegue. Seus desejos nunca vão te atingir quando você estiver andando na rua e nem vão cair no seu quintal... Por mais que para você as coisas sejam fáceis, sempre iremos querer aquilo que não podemos ter de imediato; é típica do ser humano essa vontade de querer vencer desafios, por mais que ele já tenha 'tudo'. E eu não estou me referindo apenas à matéria... quem nunca teve aquela paixonite mais que desejada, ou então aquela amizade, aquela prova que você precisa se sair bem, aquela conversa, aquela atenção de uma certa pessoa especial, coisas que o dinheiro nunca comprará. Pois são estes, os desejos mais simples, os mais difíceis de se realizarem. E este meu desejo de passar no vestibular, vai se realizar no futuro (espero que não tão distante) , porque o verdadeiro vencedor, não é aquele que vence, mas sim aquele que nunca desiste!
(ps: e eu não vou desistir de você tão cedo unicamp!!!)


♪ Eu que já não sou assim, muito de ganhaaar
Junto às mãos ao meu redor;
Faço o melhor, que sou capaz, só pra viver em paaaazz! ♪







Midialogia* : As mídias contemporâneas são estudadas em seus enunciados, formados historicamente, percebendo o diálogo entre elas, suas convergências possíveis e efetivas, suas divergências, sem esquecer das singularidades de cada uma.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Eternas manhãs.



Eu era feliz e não sabia. Na verdade, nem imaginava. E é com esse ditado mais brega do mundo, que eu começo a descrever novamente essa minha saudade. Aliás, que saudade das minhas manhãs, daquela rotina, que às vezes (quase sempre) até me cansava, porém me fazia ver a vida com outros olhos, com bom humor.

Não que eu agora seja uma pessoa mau-humorada e muito menos que eu não esteja gostando desta minha "nova fase", mas o fato de me faltar algo que não irá voltar mais, me entristece, afinal, a minha ex-CLASSE já era parte de mim a uns bons anos.

Para mim, é como se o ano letivo já tivesse acabado; é como sentir saudades e ter consciência de que aquilo não vai voltar a ser seu; é como exigir que o tempo voltasse e tudo tivesse sido diferente...

E apesar do sentimento de saudade não poder ser classificado, neste caso, posso considerá-la uma saudade estranha: não basta estar com vocês em qualquer outro lugar ou até mesmo dizer um mero OI quando os encontro brevemente na rua, não basta vê-los todos separados; a minha vontade é de absorver todas essas pessoas, de saber o que acontece, de estar junto, de sentar novamente ali, dentro daquela classe barulhenta e bagunceira, porém que contém pessoas essenciais nessa minha vida.

E por mais que eu ache que não, um dia eu vou me acostumar. Vou me perder nos meus novos objetivos e seguir a minha vida, assim como cada um de vocês. Muitas amizades irão se perder (muitas, já se perderam), porém o que resistirá, em mim, serão lembranças que permanecerão na minha memória...para sempre!

Beijos, e até a formatura, meus amores!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Eu queria tanto iniciar aqui um bom texto e desenvolve-lo criativamente segundo o recorte temático da minha imaginação. Mas sei lá, tá tão difícil. Parece que a criatividade exacerbada que me fazia transbordar idéias antigamente, era nada mais que uma pequena e passageira fase que há tempos não dá as caras.
Talvez eu me cobre muito antes de publicar qualquer texto aqui (tenho vários começados), ou talvez eu não esteja apta o suficiente para exibir neste blog a minha forma de escrever. Enfim, eu vou mudar. Eu já ando buscando incessantemente algumas mudanças em minha vida, e tanto a leitura como a escrita farão parte dessa minha novíssima fase. Conhecimento agora é prioridade. E o estudo também. Afinal, o que será de uma futura jornalista que não relata suas idéias e ainda abandona seu blog!? :O

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Listen to your heart! ♥

Ele apontará os caminhos a serem percorridos, te guiará, será sua sombra, teu caminho, teu momento de confiança e reflexão. A parte positiva e a negativa, é ele quem te dirá. Jamais será classificado como fracasso um conselho seguido por ele. Nunca nada feito ou dito será em vão. É complexo querer entende-lo, basta senti-lo. Ele carrega o mais nobre dos sentimentos humanos, o amor que se manifesta de maneiras surpreendentes.



E agora, o que eu vou fazer?

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Confissão desnecessária.


31/07/2008





Não, eu não podia deixar passar esse dia. Ele foi para mim feliz e triste ao mesmo tempo, se é que posso defini-lo assim. Serviu tanto pra me fazer rir, quanto para eu chorar, loucamente. O porque nem ao menos eu sei. Nesta altura, só consigo chegar a conclusão de que um conflito gera outro, fato.



Olha eu comecei o dia bem feliz, feliz mesmo. Sabe aquelas pessoas insubstituíveis que você observa e diz: pãtz, daqui a um ano nada será como agora, e simplismente você pára o que estava fazendo ( a lição de história, no caso ) para dar atenção pras pessoas que o tempo cuidará de levar. E esse bom-humor durava o dia todo. Podia até me classificar como uma pessoa contagiante, pois até o meu signo do zodíaco, hoje, dizia isso.



Porém isso acabou. Foi de repente e só. Foi como dizer algo idiota numa hora desnecessária, e realmente foi isso. Pronto, o mundo desabou. Foi tudo bem exagerado. E eu chorei, como há tempos não o fazia.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Auto-ajuda.



Eu treinei décadas, imaginei mil temas e busquei inspiração pra postar um bom texto aqui. Porém, isso não aconteceu por duas maneiras: a primeira é que a inspiração nem sempre está disponível quando a gente quer, e a segunda é por que eu decidi escrever o que eu ando pensando; e isso pode não chegar a ser uma coisa boa.




A vida é realmente uma caixa de inúmeras surpresas: agradáveis, dissimuladas, invejadas e até esperadas. E pra que a pressa de adivinhá-las, se elas estão apenas começando.


Sinceramente, eu ando me surpreendendo muito, fato. Ao observar as pessoas a minha volta, eu me surpreendo mais ainda. Como elas não sabem medir as palavras? De onde tiraram esse dom de machucar as pessoas, às vezes sem nem conhecê-las? Por que se arrependem tão tarde, se é que isso pode ser chamado de arrependimento? E quanto as outras, de onde vem tanta essencialidade, tanto cuidado!?


De um ano pra cá, aconteceram várias coisas que me afetaram muito, me fazendo crescer e amadurecer. Eu conheci pessoas, que jamais imaginaria que encontraria, aqui mesmo, em minha cidade. Eu consolei amigos brigados, dicuti e me irritei. Chorei também, quando foi preciso e quando não tive outra escolha. Perdoei amizades que não mereciam, simplismente por não querer perdê-las. Magoei algumas pessoas, disse verdades e saí perdendo algumas vezes. Eu perdi sim, mas ganhei muito também. Recuperei amizades que imaginei que tivessem sido levadas pelo tempo e hoje se mostram firmes e inigualáveis. Conheci gente nova, dei valor a quem merecia, e passei a enxergar certas coisas como elas realmente são. Não, não sinto falta de algumas amizades, afinal, o tempo cuida de nos trazer as pessoas certas e seus tão simples abraços como blusas no frio, que fazem com que a gente desaprenda o que é solidão.



Penso que não vou conseguir, e nem quero recuperar nada. Penso que não tenho que relembrar essas situações que agora pertencem ao passado. Penso ainda que algumas surpresas estão por acontecer. Mas é isso: o correto no momento é sentar e esperar. Quem está certo ou errado, não sou eu quem vai julgar.
E nessa crise de sentimentalismo bobo, vale a pena misturar situações, em que a opinião pode ser vista dos dois lados. Sim, eu me irrito fácil com algumas coisas e atitudes alheias, mas não o suficiente para procurá-las e soltar tudo o que somente elas não enxergam.
Dias sim, dias não, estaremos ali eu e a felicidade, de preferência não em dias como este.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A essencialidade acabou.

Entre lembranças e lágrimas, eu me deparo com cenas da nossa amizade. Elas são tão freqüentes em minha memória, e parecem ter se tornado tão raras de uns tempos pra cá. Talvez falte uma boa conversa, talvez falte somente coragem. Enfim, o que aconteceu para que a situação mudasse, eu não sei. A amizade é algo que nos completa tanto, e de repente ver-se sem algumas pessoas especiais, nos faz parar e pensar no que foi feito, no que foi dito.
E repensando, podemos perceber a enorme capacidade de afeição do ser humano: logo, sempre temos quem nos complete, quem nos abrace, quem nos dê amor. Por mais que isso não seja demonstrado o tempo todo, por mais que algumas pessoas não substituam outras- pois cada um exibe o seu jeito insubstituível de ser- por mais que não dê tempo de se ouvir um " eu te amo" quando a encontro, sei que ela estará ali, pra tudo. E se por ventura, um dia, tiver eu que chorar novamente, que seja por quem realmente vale à pena, por quem se mostrou feliz com o meu sorriso, por quem sente verdadeiramente a minha falta, por quem demonstra ser sensato e tem a capacidade, quase rara nos dias de hoje, de saber que a vida não é feita só de risos: por trás de tudo, existem sentimentos, impossíveis de serem explicados.
Detectar tais pessoas pode ser algo demorado, quase invisível. Elas estão presentes em nosso dia-a-dia, e perdem-se na rotina dos nossos dias, absurdamente iguais. E o que as torna diferentes, é simplesmente o fato de pensar nos amigos, sempre. Essas são, indiscutivelmente, as nossas mais importantes e essenciais amizades, sem as quais não podemos viver sem!


Li, eu te amo,tá? ♥

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Só mais uma tarde?


A tarde era ensolarada, porém bastante fria. Meu pijama e agasalho, que juntos não formavam uma combinação agradável aos olhos deles, arrancaram-lhes diversos risos passageiros. Os contínuos ainda estavam por vir! Quem eram eles? Talvez possa simplificá-los como parte de mim, ou mesmo como a melhor família do mundoooo!
E não foi fácil contê-los: o dia era de despedida e alegria, aquela, que dura até a hora em que elas vão embora. Por isso, o motivo de tanta alegria até que a hora chegue, é sempre o mesmo: a eternidade do momento- dá até vontade de congelar aquela cena (tudo bem que o frio já me congelava aquele instante, assim, literalmente dizendo)! Mas nem o frio e muito menos o local escolhido nos desanimava: estávamos juntos, e bastava.
Contudo, concluo que, as besteiras se superam a cada mês que nós ficamos longe! Dessa vez a idéia de construir uma casa no terreno ao lado, dos detalhes da construção até a forma de conseguir dinheiro (cada vez mais dinheiro!), fez com que esse dia se tornasse um pouco mais especial e inesquecível.
E tantos detalhes, fizeram com que a gente se distraísse e se perdesse no tempo, que ignorássemos as horas que ali só confirmavam o que a gente sempre soube: a gente se ama, e não é de hoje, e esse laço tão forte não irá acabar!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Same Mistake.






Eu realmente não queria que você me olhasse hoje. Na verdade, eu não precisava. Porém, isso era o que o meu coração mais desejava. E em poucos centésimos , apenas isso e um sorriso já foram suficientes para acabar comigo de vez. Minhas pernas tremiam como nunca e eu estava longe de saber o que pensar! E novamente eu havia conseguido pensar mil coisas inimagináveis, me perder em meus propósitos e torturar um sentimento tão esquecido. Enfim, algo concreto a se chorar. Afinal, a felicidade é para os fracos. Os fortes choram assumidamente e aprendem a conviver com o sofrimento, tornando-os naturais e releváveis.








As discordâncias e contradições deste dia jamais serão entendidas. Nada que um coração cheio de amor e ódio banal não explique a si só. E eu, só espero ter tempo de compreendê-lo antes de cometer o mesmo erro.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Sobra tanta falta! ♥





É tão difícil admitir, á nós mesmos, o quanto é revoltante a idéia de se depender de alguém. Em tudo. Desde a hora que nascemos, precisamos nos tornar parte da vida de alguém. E quando a vida passa um pouco, você já entende o sentido, o porquê daquela pessoa estar ali. Eles não foram escolhidos por mim, nem mesmo eu por eles, porém, são a mim de uma essencialidade imensa! Mesmo sangue, sobrenome? Isso não faz com que eu descreva exclusivamente o laço familiar. Afinal, a vida se encarrega de apresentar-nos os amigos.
Tão ou igualmente essenciais, essas pessoas de bairro e filiação desconhecida, optam pela nossa companhia, geralmente quando se inicia a vida escolar. E que vida é essa, que parece nunca acabar? Seria a oportunidade para a convivência com novas pessoas e novos conhecimentos - ou a oportunidade que nossos pais encontram de se ver livres de nós, então pivetes? ( é eu sempre achei que fosse isso)! Mas o fato é que durante ela todinha, nos submetemos às diversas sensações que ela nos proporciona. Ódio, amor, paixões, obrigações, novas, velhas e incansáveis amizades! E a dependência se torna gritante com o passar dos anos! Precisamos uns dos outros, e isso é indiscutível! Até porque, eu não pretendo ter que plantar meu próprio alimento um dia! Dependo sim, e você?
Claro que sim. Também é humano, que eu sei! E sendo isso, com certeza, você também sente a pior das dependências: a inexplicável!
-”Dependência: conexão entre dois ou mais objetos que faz com que uns não possam existir sem os outros.”
Como e por que não existir sem outras pessoas? Afinal, elas são outras pessoas e você é você! Você é seu corpo, sua cabeça, sua alma, você é indiscutivelmente único!
Único, porém dependente! Nós podemos aprender a conviver com a saudade, contudo, nunca esqueceremos alguém que nos tornou feliz por um dia, ou um minuto, que seja! São especiais e inesquecíveis do mesmo jeito!
E já não em importa de onde vem esse sentimento. Eu não sei mais como lidar com ele. O que resta é entregar-me!
Entregar-me à saudade, à dependência, ao tempo! O tempo sim, é o grande culpado de tudo! Ele nos dá de presente rugas e uma bela falha na memória. Algo que só os momentos de intensa e sofrida saudade conseguem resgatar!

sexta-feira, 28 de março de 2008

O Melhor Momento.

Quando se encontra o melhor momento para escrever palavras erradas, mas que soam como certas? Aquelas, que nos servem de consolo na hora da raiva, mas que são totalmente contrárias aos nossos objetivos diários?
Eu costumo desabafar essa grande força que causa minha fúria, através dessas inuteis palavras, que me soarão ridículas quando eu as ler futuramente.
Fazia tempo que eu não chorava tanto e com tanta intensidade. Se me lembro bem, a última vez que fiz isso, foi à uns bons anos, quando eu ainda era uma criancinha mimada! Mas será que o fato de eu não ter sofrido por tanto tempo, agrava assim o meu sofrimento de hoje?
Eu precisava chorar por um motivo concreto, além dos filmes que vejo. Talvez por isso, chore em todos eles. Talvez seja uma desculpa!
Mas, enquanto esse bom motivo não chega, eu sigo tentando não sofrer pelas bobagens. Elas me atingem de uma forma tão torta, e me mostram que isso não deveria acontecer! Porém acontecendo, me deixam sem nexo, sem chão e sem lágrima alguma!
Chorar sem motivo é bom, porém, até para isso é preciso ter motivos!

segunda-feira, 17 de março de 2008

O excêntrico amor.


A chuva me inspira nesse instante. Talvez inspire também o amor. Esse amor do frio, do junto, do sempre; se destaca sem ao menos ser percebido.

Talvez o simples ato de querer enxergá-lo traga mudanças significativas na vida das pessoas. Inserir o amor em nossos olhares, pode mudar a maneira que nos enxergam.

Dessas criaturas que vivem os amores, dos insuportavelmente ridículos até o básico amor familiar, TODAS elas aprendem sozinhas a amar, mesmo não querendo.Mas esse amor, essa coisa tão boa de vivenciar, é, ao mesmo tempo, contraditória. Ninguém se sabe ao certo por que se sofre por amor. É uma dor insuportável e que não mostra limites. Porém, ele tem seu lado ótimo!

Sabe aquele sorriso espontâneo, aquela fala indescritível, aquele olhar, manso e sem nada? Fazem parte e dizem muito sobre amor!

Aiiiii, o amor! Faz esquecer de tudo e de todos. E nem precisa ser a mais apaixonada pra saber. Quase nada na verdade. Porém, (adoro escrever porém) é bom manter costumes de gente apaixonada.Eu até mantenho alguns, do gênero: escrever em diários, olhar o horóscopo amoroso, ou até mesmo abraçar e manter sempre o bom humor!

É tão gratificante vê-lo nos olhos das pessoas!

É lindo ver que ainda existe!

Talvez, de tão excêntrico, o amor chega a ser engraçado. Mas não menos ridículo aos olhos de quem vê ou apaixonante aos olhos de quem o sente.